quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A pergunta que não quer calar: Quais mudanças seriam possíveis com R$ 25.550,00?




Foi assim que tudo começou a fluir... Fiz essa pergunta a muitas pessoas. E ouvi as mais variadas respostas das mudanças que fariam se tivessem hoje a quantia de R$ 25.550,00.

Muitas assim como eu também, trocariam de carro, fariam uma viagem, quitariam as dívidas, correriam pro consultório pra fazer a tão sonhada cirurgia plástica, ajudariam amigos, deixariam em aplicações bancárias , enfim ... Diversas mudanças aconteceriam com esse valor.

Tenho que confessar que essa pergunta me apareceu, após assistir a um documentário que falava exatamente sobre mudanças, da constante vontade de sempre mudar algo, da ansiedade que sentimos pela necessidade de mudanças, do prazer ou sofrimento que isso nos causa.

Seja pela necessidade do mercado de trabalho, pela urgência presente em nossos dias, por conta do relacionamento que buscamos ou simplesmente porque não conseguimos ficar parados.

Vou dividir o que aprendi e gostaria de dizer que não me excluo de todas as possibilidades favoráveis que esse valor financeiro contribuiria para minha mudança também. Mas a proposta do documentário era dar outro valor a esse mesmo valor.

Complicado né? Mas vou tentar explicar.

Todos os dias temos o privilegio de sermos presenteados com uma das melhores senão a melhor mudança. Através deste presente mudamos todos os dias, quando a gente acorda e enquanto estamos dormindo também.

Isso acontece o tempo todo, todos os dias, sem parar inclusive. O que é de tão importante assim? Algo muito simples, porém vital, sem isso não daríamos continuidade a absolutamente nada. 

Estamos falando do que afinal?

O ato de Respirar. Sim... Isso mesmo, respirar, sem nossa respiração não estaríamos vivos, consequentemente não teríamos nem mais a vontade de mudar.

Vejamos... Uma coisa aparentemente simples, porém de uma complexidade imensa, que nos acompanha desde nosso primeiro dia de vida, que estamos tão habituados a isso, que acaba que não percebemos o seu real valor. 

Buscamos incessantemente por mudanças, sendo que elas acontecem todos os dias, a cada respiração, enquanto estejamos vivos. Simples assim...

Essa informação já foi o suficiente pra me deixar passada. 

Uma verdade absoluta, que me acompanha e me faz existir. Na hora já comecei a mudar de opinião sobre os R$ 25.550,00, não que eu não os queira que fique bem claro isso. Mas comecei a me questionar sobre o valores que muitas vezes atribuímos á nossa vida.

Mas, não para por ai não!!!

Olha que loucura...

A média de vida hoje está em 70 anos. Se multiplicarmos isso por 365 dias.

Pasmem.... Significa então que nossa média de vida é de 25.550 dias, isso mesmo 25.550 dias!!!

O mesmo valor que nos possibilitaria realizar mudanças.

Mas pensando de maneira que não fosse financeira, mas sim em dias de vida, mais uma vez tenho que confessar que achei tão pouco, alias pouquíssimo por sinal, já fiquei pensando logo, como é que o número relacionado em dinheiro me dá a sensação de realizar inúmeras coisas, e em dias que dizem respeito à minha vida me pareceu tão pouco? 

Pois é, fui mais longe ainda, multipliquei meus quarenta anos pelos 365 dias e cheguei ao número exato de dias que ainda tenho pra desfrutar, segundo a média, que fique bem claro, quero inclusive ultrapassá-la, mas resolvi por enquanto me incluir na média, parar de respirar antes... Nem cogitei!!!

Então segundo a média dos 25.550 dias, me restam 10.950 dias. Afffff... Quase surtei, por alguns instantes tive a impressão de que esses dias se encerrariam exatamente naquele momento que fiz as contas.

 Me indignei, suei, gritei, me odiei por estar assistindo ao documentário, fiquei mais louca que de normal, fiz e refiz as contas.

Até que me convenci de que realmente era isso mesmo. Segundo a média me restam 10.950 dias, se 25.550 já é pouco, imaginem 10.950 dias... 

Refeita do surto, já sabendo que R$ 25.550,00 não tem absolutamente nada haver com 25.550 dias comecei a refletir como já tinha vivido e de como poderia viver os 10.950 dias que me restam.

Não cheguei a muitas conclusões, talvez a única que eu tenha chegado é que enquanto eu estava refletindo, tarde da noite por sinal, mais um dia já tinha se passado.

Resolvi então que eu deveria em primeiro lugar dividir essa preciosa informação com vocês e que eu também começaria a tentar dar o verdadeiro real valor aos dias que ainda me restam.

Agradeci  ter respirados todos os dias que já se passaram e estar respirando agora nesse exato momento.

Quanto às mudanças... Essas ainda se materializam através da vontade, do desejo de viver, de conquistar, de sentir, amar, ter e ser.

Talvez por todos os dias que ainda tenho.

Mas com a promessa de ser cada vez mais atenciosa e carinhosa comigo mesma, de tal modo, que possa permitir, que todas as  respirações sejam por mim valorizadas, assim como eu valorizei as mudanças que os R$ 25.550,00, me trariam.

E você o que faria com 25.550 dias?

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Desabafar ... pra não matar !!!


Este meu espaço serve também como já disse em algum texto para além de devaneios, desabafos. E hoje mais uma vez vou desabafar , pra não matar ... inclusive!!!

Há alguns dias atrás, durante o carnaval, deixei minha filha menor com pessoas que eu acreditava serem de confiança. Eu estava indo com alguns queridos amigos a um lugar que infelizmente não seria prudente levá-la, pelos riscos que esse passeio oferecia. Uma praia , com uma trilha de média dificuldade e com ondas grandes. Achei sensato então não levá-la , até mesmo porque acreditava que essas pessoas seriam capazes de cuidar da minha filha enquanto eu , meu marido e amigos nos permitíamos a essa aventura. Repito acreditava que essas pessoas fossem de extrema confiança.
Fiz com minha filha um acordo , que quando chegasse por volta das oito da noite, eu a levaria pra brincar o carnaval na cidade.

Fomos então todos tranquilos para o passeio , que alias foi ótimo.

Quando retornei, fui direto pegar minha filha ,e logo que ela percebeu minha chegada saiu correndo aos berros, chorando , desesperada pelo nosso encontro.

O que passa pela cabeça de uma mãe quando vê uma cena dessas ? Instantaneamente a peguei no colo e perguntei o que estava acontecendo.
Ela ainda em surto dizia que estava esperando por nós, e que como não havíamos chegado, começou a chorar e ligar pra nossa casa, porque sentia que estávamos demorando. Até ai tudo bem , minha pequena é dada a uma boa cena de vez em quando.

Porém o que ela me relatou foi que enquanto chorava, uma dessas pessoas já com raiva de tanto escândalo resolveu que deveria tapar sua boca , para que ela parasse de chorar e gritar, enquanto que a outra pegou o celular e dizia que iria filma-la nesse momento para mostrar a seu pai , quando ele chegasse.

Minha cabeça rodava, o coração disparava de tanto ódio. Em instantes de segundo eu pensava: que pessoas são essas que não sabem contornar uma situação assim, baseadas em atitudes de amor e paciência. Perguntava-me, se fosse eu que tivesse tido essa atitude, seria bem recebidas por elas ?
Minha civilidade e consciência inteligente indicou-me que  deveria sair o quanto antes dali para que eu não cometesse uma loucura. Meus piores instintos estavam a ponto de explodir.

Enquanto isso acontecia, uma das pessoas tentava se retratar , dizendo que não havia sido daquele jeito , ela só tinha colocado à mão na boca da minha filha para ela se calar, e a outra pessoa não estava filmando nada , era apenas uma brincadeira.

Além de que como eu havia prometido que levaria minha filha para pular carnaval e ela estava cobrando a minha presença pra isso. Como podia eu falar uma coisa dessas , se carnaval de criança ao que ela sabia era à tarde e não à noite.

Então além de tudo foi dito a minha filha que eu estava mentindo , a  enganando.

Segundos que pra mim duraram horas, enquanto eu controlava todo o instinto materno latente naquele momento. Simplesmente agradeci , peguei minha filha no colo e viemos embora. Mais calma depois , ela me explicou os detalhes daquela que pra ela foi a pior tarde da sua vida.

Fui chorar escondida , e tentar entender a situação, de que como essas pessoas que dizem amar minha filha tiveram uma atitude tão sórdida.

Cheguei à conclusão que pelo histórico de vida dessas pessoas , eu realmente não deveria esperar nada de bom . Até porque são pessoas infelizes , frustradas, castradas no pior sentido da palavra. Pessoas que onde tocam , tudo literalmente rui, apodrece, desanda. 

Eu realmente já sabendo disso , errei em confiar nelas. Pessoas que foram criadas para realmente se calarem diante os obstáculos da vida, que aprenderam a manipular, mentir, chantagear, e se protegerem socialmente como vitimas.

Minha indignação não se resume aqui , até porque a educação que dou as minhas filhas talvez não seja das mais tradicionais , minhas filhas apreendem sim a gritar quando é necessário, a pedir ajuda, a chorar, a buscar seus sonhos , independente dos obstáculos que a vida as apresente.
Quem não chora, não grita, não ri, não reclama pelos seus direitos normalmente são pessoas infelizes e recalcadas , como essas que eu acreditava serem capazes de contornar uma  situação assim baseadas no amor, na conversa, na paciência.

 Mas infelizmente não foi assim , mas como aprendo com todas as situações, aprendi que eu devo ter o maior orgulho das minhas filhas, inclusive a minha pequena, que já tão pequena sabe que não deve ficar calada , quando se sente injustiçada, mal interpretada...

Fica o orgulho pela minha pequena valente, que não se intimidou em nenhum momento em me dizer tudo o que aconteceu. Fica em mim também a culpa de não ter acreditado com todos os exemplos que já partiram dessas pessoas , de que elas realmente são a escoria do que existe de pior.

Aprendam também , vocês deveriam saber de cor e salteado o Estatuto da Criança e Adolescente. Não tapem mais a boca de nenhuma criança enquanto ela se sentir em situação de desespero, nem as filme em um momento tão frágil e constrangedor.  Tenham pelo menos a decência de não reproduzirem o que lhes foi passado na infância. Estamos no século XXI, às coisas mudaram.

Porém continuem infelizes e caladas, lidem com essa sina, sem querer prejudicar o próximo e não um próximo tão distante , mais uma próxima muito presente na vida de vocês.

Sejam educadoras severas, mas por favor tentem ao menos educar com amor. O que sinceramente também acho muito difícil , até porque ninguém dá aquilo que não tem , e esse é exatamente o caso de vocês ... E quanto a mim , já aprendi a lidar com cobras ... E não tem a menor graça em matá-las , a graça está em vê-las colher o que plantam , diariamente...

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Mulheres " Marcantes "





Li, alguma vez em algum lugar, que pra se escrever é necessário alguns estímulos.

Normalmente os meus “insighst”, acontecem através das coisas que observo no dia a dia, na maioria das vezes tento simplesmente me manter o mais imparcial possível, porém como sempre acabo devaneando, nunca sai exatamente igual ao ocorrido de fato.

Ontem mesmo, estava eu no banco , quando de repente começo ouvir vozes masculinas, mas que rápido agucei toda a audição possível e comecei a prestar atenção na conversa, se fui discreta não sei, o que sei é que o tema foi o suficiente pra eu começar a devanear : Homens falando sobre o universo feminino.

Ahhhhhh, mais interessante que isso, é ouvir meu vizinho fazendo sexo com a esposa, mas esse devaneio fica pra depois.  Sei lá talvez muito pessoal, ou então na verdade eu não queira ainda dividir com vocês, as sensações.

Voltando aos homens da fila do banco, estavam falando sobre as mulheres, que na opinião deles são maravilhosas e também muito chatas.

Falavam sobre as mães, as namoradas, as esposas, as sogras, e pasmem citando nomes e datas de acontecimentos, alguns por volta dos anos 70 pelo que pude entender.

 Mas,  resumidamente, meus devaneios começaram quando ouvi as palavras “chatas”," ciumentas " e  "marrentas..."
Cheguei à conclusão de que foram essas mulheres,   que mais marcaram a vida destes cidadãos.

Mas também que normalmente é quase que unanimidade que essas mulheres, são as que mais marcam a vida de todos os homens.
Vamos analisar: Qual foi o homem que nunca teve aquela namorada, chata, ciumenta e marrenta, acredito que quase nenhum.

 Quantas de nós já fizemos esse papel em um relacionamento?
Tipo o cara chama pra balada e mentalmente você já começa ver todos os problemas que deverão ser enfrentados:

Alguns como: outra mulher vai ficar olhando pro seu namorado, só porque ele tá acompanhando, aliás, outro homem vai ficar olhando pra você, ai seu namorado já embriagado vai achar que você deu bola, ou não, simplesmente vai achar que o cara é um grande filho da puta que tá paquerando a mulher dele, conclusão briga.

Fora o tempo que vocês vão ficar se embriagando, e acabar com o sonho que nós mulheres temos: uma noite linda, num motel lindo, com orgasmos lindos, ao invés disso:  os dois podres de bêbados,  voltando pra casa, correndo o risco de bater o carro, ou então pagar horrores pro motorista de táxi , chegar em casa , vomitar , tomar banho , dormir , acordar com a sensação de que um caminhão nos atropelou.

Bom diante disso, sugerimos que é melhor ficar em casa, assistindo a um filme, tomando um vinhozinho, juntos, quem sabe fazer um amorzinho. Não... Nada faz com que o baladeiro de plantão mude de ideia, o que fazemos então, depois de tanto reclamar , aceitamos , acontecem pelo menos 30% do que pensamos.

 Somos o que: CHATAS, CIUMENTAS, AZARENTAS.

Ai o cara tem aquela mãe, do tipo que o filhinho já com 35 anos sai e ela resolve que ele tem que levar a blusa de frio, mesmo estando calor, mas pode esfriar.

Pede pra ele não beber muito, tomar cuidado nos semáforos, diz inclusive que viu numa reportagem que os índices de assaltam aumentaram e nas noites de sábado.

Não satisfeita orienta que ele coma alguma coisa, mas não salgadinhos ou coisas assim, precisa ser um bom jantar, pra não ficar de estômago vazio e passar mal.

As mais descoladas ainda lembram que ele deve usar camisinha, pra evitar DST , quando o cara finalmente consegue tirar o carro da garagem , ainda tem o último conselho: Por favor, não se exceda com o cartão de crédito.

O que é essa mãe? CHATA, INTROMETIDA, MARRENTA.

Isso sem falar nas sogras, irmãs, cunhadas, amigas, ex, enfim... Toda essa gama de mulheres que rondam  o universo masculino.
Ou seja, essas são realmente  mulheres que mais marcam a vida desses homens.

Mulheres que não possuem o menor pudor em se mostrar, mostrar todas as aflições, por piores ou melhores que elas possam ser.
Mulheres que se desnudam dessa sociedade civilizatória e voltam a usar todo o instinto protetor, materno de que são compostas.

Não posso acreditar que mulheres assim determinadas, com identidades mesmo que sejam elas CHATAS, CIUMENTAS, INTROMETIDAS, POSSESSIVAS e todos os outros possíveis “adjetivos” destinados, passem pela vida dos homens sem realmente deixarem marcas eternas, que mesmo depois de praticamente quase 4 décadas masculinas ainda sejam relembradas ...  na fila de espera em um banco.