terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Desabafar , pra continuar (2).

 BETO GUEDES - NOITE SEM LUAR
Quero tanto continuar, mas veio de repente àquela mania de deixar pra amanhã, não deveria, mas estou assim, sem muitas invasões na alma, tranquila , talvez não consiga. O que devo fazer o que devo esperar... Tudo tão sem nada. 
Tranquilidade deve ser aquilo que aquieta a alma.
Essa quietude deveria favorecer, ou ao menos estimular, sempre ouvi que através do silêncio se aprende, mas parece ser diferente, talvez seja necessário germinar, sons, luzes, o vai e vem da rotina, a inquietude, o âmago sedento de tolices passageiras, baboseiras, coisas sem muita complexidade.
Mas também nada muito leve, e, por favor, nem morno – ah isso não – ai já é demais, não aceito o morno, quero mesmo o quente ou frio, coisa de tudo ou nada, oito ou oitenta. Intensa, tesa, tensa. O morno me sugere pasmaceira, uma coisa muito sem eira ou nem beira. Sem sentido, não tá quente nem frio, tá morno.
 Então o negócio é escrever, assim... 
Sem pensar, questionar, apenas sentir, o questionamento fica pra quem tá lendo, interessante é que mesmo lendo alguma coisa, sem muito sentindo ou complexidade, nasce o senso critico, então já to no lucro, nasceu alguma coisa em alguém que leu.
 Mas e quanto a mim?  
Tá uma coisa meio noite sem luar, e a Lua normalmente é tão mais bonita aqui. 
Já sei... Faz tempo que não vejo o mar, deve ser isso. Lembro-me, que da última vez encontrei por lá o Mário se despedindo da D.Leo, a mulher romântica, que encontrou seu príncipe. E o filho será que chegou? Tava fora até tarde, e ela então resolveu costurar, tudo com tanto amor.
Por enquanto fica assim... Preciso voltar a ver o mar, reencontrar por lá essas pessoas que me fazem devanear por aqui.


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